Veja!

6/recent/ticker-posts

 Hoje me bateu uma saudade diferente.

Daquelas que chegam de mansinho, sem avisar, mas que tomam conta da gente de um jeito bom, quase como um abraço antigo. 

Enquanto eu trabalhava pela manhã, comecei a ouvir uma playlist que escutava quando era mais nova. E, de repente, lá estava eu, viajando no tempo, lembrando de momentos que nem lembrava que ainda moravam em mim.

A música tem esse poder mágico, né? Ela abre portinhas no coração que a correria do dia a dia insiste em trancar. E ali, entre uma melodia e outra, eu senti algo que há muito tempo não sentia: uma felicidade pura, sem motivo específico. Só por lembrar. Só por existir.

A nostalgia me trouxe um presente: o reconhecimento de que, apesar de tudo, eu fui verdadeira comigo mesma em cada etapa da vida. E isso… nossa, isso me emociona. 

Porque não é fácil seguir sendo a gente mesma num mundo que vive tentando moldar a gente de fora pra dentro.

Mas eu consegui. Talvez não sempre com firmeza, talvez com algumas pausas, mas sempre com sinceridade. E isso me deixa em paz. 

Isso me dá força pra continuar  não tentando agradar, não tentando caber, mas apenas sendo. Inteira, imperfeita, verdadeira.

Sou grata por tudo que vivi. Mesmo pelos tropeços. Mesmo pelos dias difíceis. Porque em todos eles, eu estive presente. Eu fui eu.

Hoje essa lembrança me acolheu. E eu decidi não deixar ela passar despercebida. Guardei esse sentimento como quem guarda uma foto antiga: com cuidado, com amor, com respeito pela pessoa que fui  e que ainda sou.

Com carinho,

Flávia.

Postar um comentário

0 Comentários